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5 hábitos para se tornar mais criativo




Era uma vez... essas três palavras são capazes de capturar a atenção de qualquer ser humano, independente da faixa etária. Por que será?


Porque ativam a nossa imaginação e nos fazem ir além do cotidiano, do corriqueiro, daquilo que já não chama mais tanto nossa atenção.


E imaginação e atenção são palavras-chaves para uma habilidade que será cada vez mais exigida no ambiente de trabalho: criatividade.


Neste texto quero apresentar cinco hábitos que vão te ajudar a fazer da criatividade uma habilidade do seu dia-a-dia.


Por definição, criatividade é a capacidade de produzir ideias originais que tenham valor. Ou melhor, que resolvam problemas.


Imagine-se diante de uma situação no trabalho completamente nova. Tudo o que você fez até então mal se aproxima do que você precisa como solução. E uma consulta ao chefe lhe rende a seguinte recomendação: “Você precisa pensar fora da caixa”. Por onde começar?


Era uma vez... uma criança com uma criatividade sem limites. Aos 4 anos de idade, submetida a um teste da NASA, sua criatividade foi classificada como a de um Gênio.


Sem limites era sua capacidade de se encantar com o seu entorno, experimentar o que alcançavam suas mãos, criando novas formas, dando nome e papel a qualquer objeto, por mais simples que fosse, lançando-o em uma nova aventura.


Não havia limite de tempo, de espaço para novas estórias surgirem, estivesse ela sozinha ou acompanhada.


Imaginação era uma fonte inesgotável de diversão. Porque viver, brincar, imaginar, sonhar pareciam descrever a mesma ação: CRIAR!


Não tenha dúvida! Essa criança era você!


Só que esse mesmo teste da NASA, aplicado 5 anos depois, para crianças nos seus 10 anos de idade, mostrava uma queda de quase 70% na habilidade de criatividade.


5 anos depois, para jovens nos seus 15 anos, o resultado foi de pouco mais de 10%. E finalmente para adultos, em uma amostra pesquisada com idade média de 31 anos, módicos 2%.


À propósito, o pesquisador que fez o teste para NASA se chamava George Land, caso tenha interesse em se aprofundar mais no teste.


Era uma vez uma habilidade nata que os anos trataram de (quase) apagar.

Isso mesmo!


Somos criativos por natureza, mas deixamos de ser (pelo menos, uma grande maioria) por não cuidar bem da habilidade que mais pode contribuir para nossa realização profissional.


Explico.


Ter desafios é uma questão de saúde mental. Porque desafios nos dão a possibilidade de superação. E com superação, experimentamos realização. Trata-se de um ciclo virtuoso: Desafio – superação – realização.


Sabemos que os jovens são famosos por não enxergarem obstáculos à sua capacidade. Não há problema que não deem uma solução, especialmente aqueles mais autoconfiantes.


Imagine então por um momento que sua criatividade voltasse a forma da sua juventude.


Qual seria sua disposição para enfrentar novos desafios no trabalho? Qual seria o seu ímpeto para gerar novas ideias com valor para a organização?


A capacidade de ter novas ideias é inerente a cada um de nós. Nasce da possibilidade de combinar informações, novas com antigas, para produzir algo original.


Isso não é privilégio de poucos. Mas, um desenho de fábrica de todos!


Somos equipados com um cérebro com o mesmo modelo de funcionamento. Está nele a fonte da sua criatividade.


Saber como funciona é o que pode te ajudar a “desenferrujar” essa habilidade, se o adjetivo “criativo”, “criativa” é um que mal aparece na sua lista quando se descreve para alguém.


Nosso cérebro desempenha suas funções usando diferentes partes dele conforme a ação a ser executada.


E são neurônios os responsáveis pela transmissão das informações para que um estímulo se transforme em ação, que pode ser voluntária ou involuntária. Por exemplo, o funcionamento dos nossos órgãos não depende de nossa vontade.


Chama-se de rede neural o conjunto de regiões do cérebro responsável por determinada ação.


São três as redes neurais operando para que o processo de criatividade aconteça: aquela responsável pela atenção, chamada de controle executivo, outra pela imaginação, conhecida como de modo padrão e uma terceira, chamada de rede neural de saliência.


A rede neural de controle executivo opera no nosso córtex pré-frontal. Quando ativa, estamos na melhor condição para tomar decisões.


Conseguimos focar naquilo que merece nossa atenção e usar toda capacidade cognitiva para o problema em questão. Convergimos para uma solução graças a essa rede neural.


A rede neural de modo padrão é aquela que funciona quando estamos no modo exploração, divagando, imaginando possibilidades.


O pensamento nos conduz sem que um objetivo tenha que ser alcançado. Não há a necessidade de se chegar a uma conclusão. Divergimos para explorar possíveis soluções.


A rede neural de saliência é aquela que funciona para extrair o melhor da combinação das redes neurais de controle executivo e modo padrão.


Isso porque ela monitora o que acontece dentro e fora de nós e assim informa que a ideia que apareceu (combinação de novas informações com informações antigas) vale a pena considerá-la.


Essa rede neural usa partes de nosso cérebro que nos permitem identificar a novidade (sensível especialmente aquelas que representam algum tipo de perigo) e influenciam nosso comportamento através dos mecanismos de motivação e recompensa.


Nos proporciona uma combinação de modo “observação” e modo “entrar em ação”.


Em outras palavras, a rede neural de saliência indica o momento de mudar a chave do modo padrão para o controle executivo, de imaginar para concentrar, de divagar para focar, de divergir para convergir para uma solução.


Afinal, criatividade é gerar ideias originais que tenham valor, que resolvam problemas.


Para criatividade acontecer, essas três redes precisam funcionar a todo vapor, se alternando conforme o estágio do processo criativo, isto é, da identificação do problema que se quer resolver até o teste da nova ideia que gera a solução que tem valor.


E o que pode ajudar a criatividade “desenferrujar” no nosso dia-dia? Bons hábitos!


Os 5 hábitos que vou apresentar a seguir estão no alcance de qualquer um praticar na sua totalidade ou em um conjunto deles. Todos eles contribuem para o funcionamento das 3 redes neurais responsáveis pela criatividade.


1) Sorria

O bom humor nos faz mais abertos à novidade, a ir além do que já conhecemos e comprovamos. De mau humor tendemos a ser mais analíticos, lógicos e permanecemos no óbvio, naquilo que temos certeza de que funciona


2) Pratique a gratidão

Quando reconhecemos aquilo ou aqueles a quem devemos ser gratos, estamos focando nossa mente no positivo, no que temos e não nos que nos falta. Isso nos faz mais alertas à novidade e essa é a matéria-prima da criatividade


3) Exercite-se com frequência

O exercício físico diminui o nível de estresse, substituindo o cortisol pela dopamina, endorfina e serotonina na corrente sanguínea. O impacto sobre o humor é imediato. E os benefícios sobre a criatividade conforme expliquei no primeiro hábito.


4) Cuide do seu sono

Descansados, temos o nível de energia necessário para encarar os desafios do dia-a-dia. Isso também impacta nosso humor. E dá a nossa mente o tempo de incubação para formar novas conexões entre as informações que absorvemos. O produto disso? Novas ideias.


5) Use o método MacGyver

A geração X tem seguramente em MacGyver uma referência de criatividade. Suas soluções eram as mais criativas com o que tinha em suas mãos.


O autor da serie, Lee Zlotoff, criou o seu método para fazer da criatividade uma habilidade do dia-a-dia.


Há três passos a cumprir: o primeiro deles envolve definir por escrito o problema que se quer resolver. Falar em voz alta ou contar para um amigo não resolve. A mente funciona diferente quando escrevemos. Seja o mais específico possível.


Por exemplo, antes de começar a trabalhar neste texto, escrevi o seguinte: “Amanhã vou escrever o texto sobre criatividade que informa, entretém e encoraja as pessoas a praticarem mais a criatividade”.


O segundo passo é dar tempo para a ideia incubar. Afaste-se do problema e deixe o subconsciente trabalhar.


Pode ser uma noite de sono ou uma atividade estimulante que não tome tanta energia, como por exemplo, cuidar das plantas se seu hobby é jardinagem, montar quebra-cabeças ou mesmo lavar a louça (meu caso).


Assistir TV não serve. Exige muita capacidade mental para que o cérebro descanse de fato. Exercício físico vigoroso também não ajuda.


O terceiro passo é começar a escrever de forma livre. Não importa o quê. Podem ser passagens do seu livro favorito, letra de música, frases de efeito.


Em pouco tempo, as respostas para o seu problema começarão a pipocar. Parece simples, mas funciona.


Você vai se perceber resolvendo problemas que exigem criatividade com mais velocidade e eficiência do que imagina.


Mas, por que “desenferrujar” a sua criatividade? Para jogar o jogo infinito.


Aquele em que você está competindo consigo mesmo, em que sua motivação é fazer a sua empresa produzir mais, inovar mais, crescer mais para que ela gere benefícios não apenas para você, na forma de remuneração e crescimento profissional, mas também novos produtos, melhores serviços para clientes, novas vagas de emprego para o mercado de trabalho, retorno financeiro para os sócios, acionistas expandirem as operações da empresa assim como patrocinar iniciativas sociais na região em que atua.


Enfim para que a empresa se perpetue no tempo e sua capacidade de gerar dividendos econômicos, sociais não se restrinja às gerações atuais, mas principalmente beneficie aquelas por vir.


Isso é jogar o jogo infinito como descreve Simon Sinek no seu novo livro “The Infinite Game”.

E começa com cada um de nós.


Seja criativo. Seja criativa. É parte do nosso DNA!


Seu futuro agradece e o de milhares de pessoas que talvez nunca venha a conhecer!


Conhecer. Ser. Crescer. Conhecer-se para Crescer. É tempo de crescer!

 
 
 

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