Quem você quer ser? Só não seja um impostor!
- Eduardo Martins
- 18 de set. de 2022
- 4 min de leitura

Se Alta Performance é o que você sempre buscou no trabalho, fique atento! A síndrome do Impostor está na sua cola. Isso se você já não virou sua vítima!
Marque a opção que se aplica a você:
Acho que nunca estou à altura do trabalho que desempenho
Penso constantemente que onde cheguei foi uma mera questão de sorte
Tenho certeza de que as pessoas, em mais ou menos tempo, descobrirão a fraude ou o impostor que eu sou
A síndrome do Impostor acontece para muitos profissionais com resultados expressivos na carreira.
E com o passar dos anos, essa sensação só piora!
A trajetória de sucesso passa a ser cada vez mais penosa, sendo fonte de mais desgaste emocional do que realização pessoal.
Como quebrar esse padrão que atinge desde estudantes aplicados, artistas renomados a executivos de sucesso?
Tenha clareza de quem você quer se tornar.
Conecte-se com o seu “Eu do Futuro” e trate-o como sua referência para o que quer conquistar na vida.
Pode parecer um tanto contraditório mas tendemos a achar que quem somos hoje é nossa versão final.
Isto acontece por pura falta de imaginação.
Se você olhar para quem você era 5, 10, 15 anos atrás, verá facilmente o quanto mudou. Essa mudança continua em curso.
Só não paramos para nos perguntar quem queremos ser em 5, 10, 15 anos a frente. E assim desistimos de acessar um valioso mapa que poderia guiar nossos passos para construir o futuro que almejamos.
E se esse “Eu do Futuro” que imaginar não se concretizar?!! Como lidar com essa frustração?
Esse é o pensamento de muitas pessoas para não se permitir usar a imaginação para projetar o próprio futuro.
A resistência para fazer esse exercício de imaginação tem explicação. Você não consegue se ver no futuro diferente de quem é hoje.
Por isso, não se vê capaz de alcançar o menor dos objetivos que gostaria de ver realizado lá na frente.
Dan Gilbert, psiquiatra de Harvard que estuda o tema do “Future Self” (ou “Eu do Futuro”) há mais de 20 anos tem uma frase que ilustra bem essa dificuldade:
“As pessoas são projetos em construção que equivocadamente se acham obras concluídas”.
Como afirma Viktor Frankl na sua célebre obra “Em busca de sentido”: “É uma característica do ser humano de que ele só pode viver olhando para o futuro”.
É no futuro que a pessoa encontra um sentido, um propósito para viver seu presente.
Tamanha relevância deu Viktor Frankl a se ter um propósito na vida que usava a palavra “objetivo” como sinônimo de se dar um sentido claro para sua vida no futuro.
Sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz na 2ª Guerra Mundial, Viktor Frankl tinha na publicação do livro que começara a escrever antes de ser capturado o objetivo que dava sentido ao seu futuro.
“Quando o porquê está claro, consegue-se lidar com qualquer como”.
Viktor Frankl usou essa frase de Nietsche para explicar a força de um propósito.
Se você quer extrair da vida o melhor que ela pode te dar, esteja pronto para dar o seu melhor para vida.
Isso passa por ter clareza do seu “Eu do Futuro”.
Quando se tem clareza de quem você quer se tornar no futuro, você inverte a lógica de causa-efeito da Física Newtoniana para a lógica de “cause o efeito” da Física de Einstein.
A maioria das pessoas trabalham para TER, então FAZER e finalmente SER.
Exemplo: Eu preciso ter um curso de programação em Python para desenvolver um aplicativo de produtividade para fundar minha start-up de tecnologia.
Quando o seu “Eu do Futuro” está claro, a ordem das frases se inverte.
“Eu sou um empreendedor de tecnologia. Desenvolvo aplicados de produtividade. Domino a linguagem de programação Python”.
Você É, então FAZ, para finalmente TER.
Com essa clareza do “Eu do Futuro”, um objetivo a ser alcançado é a meta que direciona os seus passos, que cria o processo que vai te levar de “hoje” para o “Futuro” que almeja.
É por isso que na última reunião do trabalho de desenvolvimento de carreira com meus clientes, pergunto:
“Dado que esse é seu propósito, qual é o objetivo de carreira que quer perseguir?”
É nesse momento que faz toda diferença entender que a pessoa que vai concretizar o objetivo, o “Eu do Futuro”, não é a mesma pessoa do presente.
E uma substituição importante acontece! Sai o impostor para entrar em campo o seu “Eu do Futuro”, um referencial de performance interno e não externo.
Quais são as vantagens de trocar o “Impostor” pelo seu “Eu do Futuro”?
Seu “Eu do Futuro” aceita que você é uma obra inacabada ou “work in progress”. Cometer erros ou falhas no seu processo de construção do futuro é natural. Faz parte do crescimento!
Seu “Eu do Futuro” entende que “Feito é melhor do que Perfeito”. E no lugar do julgamento que alimenta seu eu perfeccionista, que procrastina, entra a coragem para fazer agora e não amanhã o que é uma questão de tempo você aprender.
Seu “Eu do Futuro” passa a ser sua nova identidade. Sua atitude passa a refletir a pessoa que você quer se tornar. Suas ações são direcionadas por novos comportamentos. Seus resultados são reflexo daquilo que você se comprometeu a construir.
Seu “Eu do Futuro” te dá uma clara noção para escolher onde alocar o seu tempo e colocar energia naquilo que avançará o seu plano de construção. Ele está vacinado duplamente, contra distração e procrastinação.
Finalmente, seu “Eu do Futuro” olha para o progresso empreendido desde o início da sua jornada com o viés de gratidão pelos passos dados até o momento presente e não com o olhar de julgamento de quem ainda não chegou lá.
Quem você escolhe te acompanhar no restante de sua carreira: o “Impostor” ou seu “Eu do Futuro”?
Tome uma decisão já! Conecte-se com o seu “Eu do Futuro” e dê um propósito claro para a sua carreira.
Se você quer um presente melhor, comece por projetar um futuro maior.
Conhecer. Ser. Crescer. Conhecer-se para crescer. É tempo de crescer!
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